Castelo do Rochedo
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 [CÓPIA - RP] Ad maiorem Dei gloriam colligimus

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Manuel B. Queiroz
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MensagemAssunto: [CÓPIA - RP] Ad maiorem Dei gloriam colligimus   [CÓPIA - RP] Ad maiorem Dei gloriam colligimus EmptySáb 10 Ago 2013, 10:00

SYLARNASH





Citação :



Ad maiorem Dei gloriam colligimus
(Para maior glória de Deus nos reunimos)


O Conde observava com inquietes o escudo que marcava a caixa, de médio porte, e, em madeira, que chegara às suas mãos e que tinha cuidadosamente pousado sobre a mesa à sua frente. As mãos, Sylarnash mantinha-as sobre o encosto de braços da poltrona onde se encontrava, a forma como estas moviam, a forma como os dedos batiam ritmicamente sobre o veludo do seu cadeirão sugeriam que se encontrava curioso, talvez até mesmo nervoso com o objeto que tinha à frente e do qual desconhecia a proveniência. Sylarnash enfrentava literalmente a caixa, procurando que esta lhe dissesse algo sobre o seu remetente ou conteúdo, mas esta, da forma como tinha sido concebida, mantinha na perfeição o seu segredo e, pouco, ou nada, dizia.

A caixa continha algo agarrado a si, talvez com uma espécie de resina ou outro tipo de líquido colante. Aquilo que mais chamara a atenção de Sylarnash não fora a forma ou o tipo de cola usada, mas o papel, dobrado em três, simulando um pequeno envelope, que se encontrava seguro e que permanecia selado, aparentando nunca ter sido violado. O selo redondo, de uma fina e avermelhada cera, continha as mesmas marcas do escudo esculpido na madeira. As marcas distintivas do escudo, as figuras, as peças e as cores do escudo, eram-lhe familiares, e o Conde poderia de imediato apontar uma pessoa que as usara, mas nunca as vira naquela posição, o que o deixara ainda mais inquieto com o teor daquela misteriosa caixa.

Sylarnash observou por mais uns momentos a dita caixa. Tentava agora obter informações sobre como chegara ela até si. Recordara-se que a recebera, em mãos, de um guarda que a encontrara à entrada da propriedade, fora estranhamente deixada perto dos portões, o que apontava que fora deixada por alguém do interior da propriedade, ou talvez alguém que a visitara. No entanto Sylarnash abandonou rapidamente a tentativa de identificar aquele ou aquela que enviou a coisa, qualquer um poderia ter tentado entrar à socapa na herdade e temendo ser apanhado abandonara a pequena arca ali mesmo. Fosse quem fosse receava ser identificado e, à revelia do que se passasse a seguir, abandonara a caixa ali mesmo.

Finalmente as mãos do Conde iniciaram uma viagem até ao fecho da caixa. Este parecia ter uma ranhura, talvez para algum tipo de chave ou outro objeto que a abriria. Após tatear o exterior da caixa por completo concluiu que pouco havia a fazer, para saber mais sobre o conteúdo no interior da caixa teria realmente que ler o que o pedaço de papel anexado partilhava. E Sylarnash não hesitou. Demonstrando um extraordinário cuidado o Conde de Óbidos quebrou o selo e abriu cada uma das partes do papel na sua devida direção, desdobrando-o, deixando a carta em posição legível.
Ao ler as palavras meticulosamente desenhas naquele pedaço de papel uma interjeição grave soltou-se da boca de Sylarnash.

- Impossível! - exclamou num tom estranho - Como é que pode isto ser verdade?

Os olhos de Sylarnash passaram vezes infinitas sobre aquelas linhas de texto. Algo o deixara perplexo e mal podia acreditar no que os seus olhos tinham à frente.
Código:
[list][list][list][list][list][list][list][list][list][i]


[size=22]Ad maiorem Dei gloriam colligimus[/size]
[list][list]([size=10]Para maior glória de Deus nos reunimos[/size])[/list][/list][/i][/list][/list][/list][/list][/list][/list][/list][/list][/list]

[i]O Conde observava com inquietes o escudo que marcava a caixa, de médio porte, e, em madeira, que chegara às suas mãos e que tinha cuidadosamente pousado sobre a mesa à sua frente. As mãos, Sylarnash mantinha-as sobre o encosto de braços da poltrona onde se encontrava, a forma como estas moviam, a forma como os dedos batiam ritmicamente sobre o veludo do seu cadeirão sugeriam que se encontrava curioso, talvez até mesmo nervoso com o objeto que tinha à frente e do qual desconhecia a proveniência. Sylarnash enfrentava literalmente a caixa, procurando que esta lhe dissesse algo sobre o seu remetente ou conteúdo, mas esta, da forma como tinha sido concebida, mantinha na perfeição o seu segredo e, pouco, ou nada, dizia.

A caixa continha algo agarrado a si, talvez com uma espécie de resina ou outro tipo de líquido colante. Aquilo que mais chamara a atenção de Sylarnash não fora a forma ou o tipo de cola usada, mas o papel, dobrado em três, simulando um pequeno envelope, que se encontrava seguro e que permanecia selado, aparentando nunca ter sido violado. O selo redondo, de uma fina e avermelhada cera, continha as mesmas marcas do escudo esculpido na madeira. As marcas distintivas do escudo, as figuras, as peças e as cores do escudo, eram-lhe familiares, e o Conde poderia de imediato apontar uma pessoa que as usara, mas nunca as vira naquela posição, o que o deixara ainda mais inquieto com o teor daquela misteriosa caixa.

Sylarnash observou por mais uns momentos a dita caixa. Tentava agora obter informações sobre como chegara ela até si. Recordara-se que a recebera, em mãos, de um guarda que a encontrara à entrada da propriedade, fora estranhamente deixada perto dos portões, o que apontava que fora deixada por alguém do interior da propriedade, ou talvez alguém que a visitara. No entanto Sylarnash abandonou rapidamente a tentativa de identificar aquele ou aquela que enviou a coisa, qualquer um poderia ter tentado entrar à socapa na herdade e temendo ser apanhado abandonara a pequena arca ali mesmo. Fosse quem fosse receava ser identificado e, à revelia do que se passasse a seguir, abandonara a caixa ali mesmo.

Finalmente as mãos do Conde iniciaram uma viagem até ao fecho da caixa. Este parecia ter uma ranhura, talvez para algum tipo de chave ou outro objeto que a abriria. Após tatear o exterior da caixa por completo concluiu que pouco havia a fazer, para saber mais sobre o conteúdo no interior da caixa teria realmente que ler o que o pedaço de papel anexado partilhava. E Sylarnash não hesitou. Demonstrando um extraordinário cuidado o Conde de Óbidos quebrou o selo e abriu cada uma das partes do papel na sua devida direção, desdobrando-o, deixando a carta em posição legível.
Ao ler as palavras meticulosamente desenhas naquele pedaço de papel uma interjeição grave soltou-se da boca de Sylarnash.

[color=#003366][b]- Impossível![/b][/color] - exclamou num tom estranho - [color=#003366][b]Como é que pode isto ser verdade?[/b][/color]

Os olhos de Sylarnash passaram vezes infinitas sobre aquelas linhas de texto. Algo o deixara perplexo e mal podia acreditar no que os seus olhos tinham à frente.[/i]


Última edição por Sylarnash em Sáb 10 Ago 2013, 10:06, editado 1 vez(es)
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MensagemAssunto: Re: [CÓPIA - RP] Ad maiorem Dei gloriam colligimus   [CÓPIA - RP] Ad maiorem Dei gloriam colligimus EmptySáb 10 Ago 2013, 10:02

SYLARNASH





Citação :
Seguida da perplexidade, de súbito, a hesitação tomou conta do seu corpo e, também, da sua mente. No interior a agitação e a adrenalina manifestavam-se e faziam com que o clérigo quisesse mais que tudo abrir aquela caixa, mas as implicações, caso aquilo que a carta descrevia estivesse mesmo ali dentro e a poucos centímetros de si, seriam avassaladoras.

O Conde de Óbidos deu literalmente um pulo do cadeirão, dada a sua já nada tenra idade foi possível ouvir-se alguns estalidos provenientes dos ossos dos membros inferiores, aos quais não ligou nem prestou qualquer tipo de atenção. Sylarnash tinha um costume de caminhar para aliviar a mente e espairecer as ideias, e fora o que fizeram, no entanto, ali mesmo. Começou por dar uns passos na direção oposta de onde se encontrava antes, após isso tomou novamente rumo ao centro do salão, repetindo esses movimentos por alguns minutos. À medida que as suas pernas começavam a sentir um ligeiro cansaço a agitação no seu interior foi perdendo intensidade, e é quando caminhando novamente para o centro do salão um livro sobressai da pequena estante à sua frente e chama à atenção do Cónego-Conde.

- Eis a resposta que procurava! - murmurou visivelmente mais sereno enquanto colocava a mão sobre o livro que lhe saltara à vista e o puxava para si

Ao recolher para si o livro, Sylarnash passou uma das suas mãos sobre as letras que juntas formavam as palavras gravadas na fronte da dura capa de couro, tentando assim sentir cada traço e detalhe nelas. A estranha composição daquela obra sugeria que se tratava de um artefacto, um livro antiquíssimo e raro, senão mesmo único no mundo.

Código:
[i]Seguida da perplexidade, de súbito, a hesitação tomou conta do seu corpo e, também, da sua mente. No interior a agitação e a adrenalina manifestavam-se e faziam com que o clérigo quisesse mais que tudo abrir aquela caixa, mas as implicações, caso aquilo que a carta descrevia estivesse mesmo ali dentro e a poucos centímetros de si, seriam avassaladoras.

O Conde de Óbidos deu literalmente um pulo do cadeirão, dada a sua já nada tenra idade foi possível ouvir-se alguns estalidos provenientes dos ossos dos membros inferiores, aos quais não ligou nem prestou qualquer tipo de atenção. Sylarnash tinha um costume de caminhar para aliviar a mente e espairecer as ideias, e fora o que fizeram, no entanto, ali mesmo. Começou por dar uns passos na direção oposta de onde se encontrava antes, após isso tomou novamente rumo ao centro do salão, repetindo esses movimentos por alguns minutos. À medida que as suas pernas começavam a sentir um ligeiro cansaço a agitação no seu interior foi perdendo intensidade, e é quando caminhando novamente para o centro do salão um livro sobressai da pequena estante à sua frente e chama à atenção do Cónego-Conde.

[color=#003366][b]- Eis a resposta que procurava![/b][/color] - murmurou visivelmente mais sereno enquanto colocava a mão sobre o livro que lhe saltara à vista e o puxava para si

Ao recolher para si o livro, Sylarnash passou uma das suas mãos sobre as letras que juntas formavam as palavras gravadas na fronte da dura capa de couro, tentando assim sentir cada traço e detalhe nelas. A estranha composição daquela obra sugeria que se tratava de um artefacto, um livro antiquíssimo e raro, senão mesmo único no mundo.[/i]
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MensagemAssunto: Re: [CÓPIA - RP] Ad maiorem Dei gloriam colligimus   [CÓPIA - RP] Ad maiorem Dei gloriam colligimus EmptySáb 10 Ago 2013, 10:03

SYLARNASH





Citação :
Demonstrando um imenso cuidado e estima o Conde de Óbidos abriu o livro que retirara momentos antes da estante, e esfolheou-o com lentidão como que a ler o conteúdo de forma cruzada. O dialeto apenas fez com que a lentidão fosse ainda mais sentida, não que Sylarnash fosse um desconhecedor do mesmo, mas devido ao destreino. Não era todos os dias que pousava os olhos sobre um livro em Grego, e apesar dos estudos no mesmo idioma, a leitura era feita de forma mais cansativa.

Após alguns minutos o Cónego-Conde finalmente poisara os olhos sobre o assunto que procurava, e apesar da leitura esforçada conseguiu interpretar e traduzir algumas linhas de imediato, as quais leu para si de seguida. "E foi quando um grupo de Legionários cercou Christos com intento hostil. Retiraram-Lhe o Manto que Ele usava e lançaram-no para o chão enquanto marchavam colina acima arrastando-O. Recolhi o Manto para mim mal pude e conservei-o religiosamente." Ao interiorizar as palavras lidas Sylarnash sorriu e virou a página encontrando de seguida uma pintura do manto.


[CÓPIA - RP] Ad maiorem Dei gloriam colligimus Manto_desenho_livrocoacutepia_zps76addffc


Por instantes a irrequietez desaparecera e Sylarnash manteve-se imóvel, nitidamente não sabendo o que fazer ou como agir relativamente àquele assunto. Já se fazia tarde e de repente observou um guarda a passar pela entrada do salão. Foi nesse momento que decidiu adiar qualquer ação para o dia seguinte, uma boa noite de repouso ajudaria a desanuviar e a ver as coisas com maior claridade.
O Conde fez sinal ao guarda para que o acompanhasse e após caminhar até à sala-cofre Sylarnash lá depositou a arca, pelo sim pelo não ordenando para que o guarda ali se mantivesse de guarda.

Código:
[i]Demonstrando um imenso cuidado e estima o Conde de Óbidos abriu o livro que retirara momentos antes da estante, e esfolheou-o com lentidão como que a ler o conteúdo de forma cruzada. O dialeto apenas fez com que a lentidão fosse ainda mais sentida, não que Sylarnash fosse um desconhecedor do mesmo, mas devido ao destreino. Não era todos os dias que pousava os olhos sobre um livro em Grego, e apesar dos estudos no mesmo idioma, a leitura era feita de forma mais cansativa.

Após alguns minutos o Cónego-Conde finalmente poisara os olhos sobre o assunto que procurava, e apesar da leitura esforçada conseguiu interpretar e traduzir algumas linhas de imediato, as quais leu para si de seguida. [b][color=black]"[/color][/b][color=#003366]E foi quando um grupo de Legionários cercou Christos com intento hostil. Retiraram-Lhe o Manto que Ele usava e lançaram-no para o chão enquanto marchavam colina acima arrastando-O. Recolhi o Manto para mim mal pude e conservei-o religiosamente.[/color][b][color=black]"[/color][/b] Ao interiorizar as palavras lidas Sylarnash sorriu e virou a página encontrando de seguida uma pintura do manto.


[/i]
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Por instantes a irrequietez desaparecera e Sylarnash manteve-se imóvel, nitidamente não sabendo o que fazer ou como agir relativamente àquele assunto. Já se fazia tarde e de repente observou um guarda a passar pela entrada do salão. Foi nesse momento que decidiu adiar qualquer ação para o dia seguinte, uma boa noite de repouso ajudaria a desanuviar e a ver as coisas com maior claridade.
O Conde fez sinal ao guarda para que o acompanhasse e após caminhar até à sala-cofre Sylarnash lá depositou a arca, pelo sim pelo não ordenando para que o guarda ali se mantivesse de guarda.[/i]
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MensagemAssunto: Re: [CÓPIA - RP] Ad maiorem Dei gloriam colligimus   [CÓPIA - RP] Ad maiorem Dei gloriam colligimus EmptySáb 10 Ago 2013, 10:04

SYLARNASH





Citação :
Vários meses tinham passado desde que Sylarnash tivera um despertar tão animado. A boa noite de sono que para trás ficara trouxera-lhe iluminação no que concerne ao assunto que lhe atormentara horas antes. Era claro como água, o Conde de Óbidos precisaria de ajuda para seguir em frente com o mistério.
E se havia alguém que poderia contribuir para uma resolução rápida do mistério da arca de madeira, essa pessoa seria o Velho Conde-Vigário de Vilar Maior, o seu tio e amigo de todos os tempos, o seu mentor nas vias eclesiásticas, Monsenhor Guido Henrique de Albuquerque. Aquele era o momento indicado para o visitar, depois de alguns dias sem o ver e, segundo os rumores, acabado de chegar à cidade, com certeza o assunto seria do seu agrado e receberia Sylarnash.

Rapidamente o Conde deu ordens expressas para que fosse preparado um transporte para sair, enquanto isso preparou-se. Naquela manhã nem pequeno almoço tomou, o assunto era de extrema importância. Momentos depois já Sylarnash tomava rumo em direção à Igreja de Aveiro onde o Conde de Vilar Maior passava os seus dias, tendo inclusive um quarto próprio lá.

D'A Residência do Conde de Óbidos em Aveiro até à Igreja, dada a sua proximidade geográfica, a viagem não demorara mais que um quarto de hora. Mergulhado nos seus pensamentos, no assunto na ordem do dia, a misteriosa arca brasonada, a viagem fora ainda mais rápida. De repente deixou-se de ouvir os cascos dos cavalos que serviam de música de fundo, e logo após um dos dois guardas que seguiam com Sylarnash tomou a palavra.

- Monsenhor, chegamos à Igreja de Aveiro. - disse num tom calmo e sereno

O Conde anuiu com a cabeça, e ele mesmo levou as mãos à porta da carruagem abrindo-a e saindo em direção ao interior da Igreja.

Código:
[i]Vários meses tinham passado desde que Sylarnash tivera um despertar tão animado. A boa noite de sono que para trás ficara trouxera-lhe iluminação no que concerne ao assunto que lhe atormentara horas antes. Era claro como água, o Conde de Óbidos precisaria de ajuda para seguir em frente com o mistério.
E se havia alguém que poderia contribuir para uma resolução rápida do mistério da arca de madeira, essa pessoa seria o Velho Conde-Vigário de Vilar Maior, o seu tio e amigo de todos os tempos, o seu mentor nas vias eclesiásticas, Monsenhor Guido Henrique de Albuquerque. Aquele era o momento indicado para o visitar, depois de alguns dias sem o ver e, segundo os rumores, acabado de chegar à cidade, com certeza o assunto seria do seu agrado e receberia Sylarnash.

Rapidamente o Conde deu ordens expressas para que fosse preparado um transporte para sair, enquanto isso preparou-se. Naquela manhã nem pequeno almoço tomou, o assunto era de extrema importância. Momentos depois já Sylarnash tomava rumo em direção à Igreja de Aveiro onde o Conde de Vilar Maior passava os seus dias, tendo inclusive um quarto próprio lá.

D'A Residência do Conde de Óbidos em Aveiro até à Igreja, dada a sua proximidade geográfica, a viagem não demorara mais que um quarto de hora. Mergulhado nos seus pensamentos, no assunto na ordem do dia, a misteriosa arca brasonada, a viagem fora ainda mais rápida. De repente deixou-se de ouvir os cascos dos cavalos que serviam de música de fundo, e logo após um dos dois guardas que seguiam com Sylarnash tomou a palavra.

[b]- Monsenhor, chegamos à Igreja de Aveiro.[/b] - disse num tom calmo e sereno

O Conde anuiu com a cabeça, e ele mesmo levou as mãos à porta da carruagem abrindo-a e saindo em direção ao interior da Igreja.[/i]
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MensagemAssunto: Re: [CÓPIA - RP] Ad maiorem Dei gloriam colligimus   [CÓPIA - RP] Ad maiorem Dei gloriam colligimus EmptySáb 10 Ago 2013, 10:05

MONSTERGUID





Monsterguid escreveu:
Há pelo menos seis dias o clérigo não havia deixado as dependências da Paróquia de Aveiro. Era costumeiro o ver andar pelo mercado ou pelo menos até o lago. Os últimos anos lhe foram os mais difíceis. Em silencio passara um longo período  lendo e comentando as obras de Aristóteles, seja para exposição em suas aulas na Universidade de Coimbra, sela pelo amor à Igreja Aristotélica, a qual destinara seus exemplares para que os membros da Cúria lessem. Não obteve muitas respostas, com excepção da de um notório Cardeal do Sacro Império e duas outras de Abades, um do Ducado de Anjou e outro do Ducado de Sabóia.
O Abade de Anjou reprovou pelo menos dez teses, o de Sabóia, no entanto, enfatizou a excelência destas dez e outras oito. Do Cardeal recebeu incentivo para que a obra continuasse e que, se fosse para maior glória do Altíssimo, em breve os outros Cardeais também se pronunciariam sobre.


- O Espírito que iluminou São Titus pode até tirar breves cochilos, mas não dorme por completo. – Dizia para si mesmo com um largo sorriso.

As escavações e o testamento de Aristóteles eram o elo que faltava entre seus comentários. Certos pontos das obras se tornaram claras, outros obscureceram-se ainda mais, como que numa vontade do próprio livro, ou por maquinação das palavras, de esconder o verdadeiro significado.
Decidiu ir até o campo de escavações, porém dois lhe foram os esforços. O primeiro, o calor. O segundo, a força que lhe faltava.
Dois buracos no chão e sua disposição para procurar algo já havia sumido. Decidiu, no entanto, regressar para casa e estudar melhor o testamento. Escavações e funções que exigiam força, não eram indicados para o velho clérigo de Aveiro.

Já em seu quarto, de banho tomado e batina limpa, o clérigo lia e relia o dito testamento de Aristóteles. Algumas letras usadas não lhe faziam sentido. Quando levou a pena do tinteiro à folha, alguém lhe bateu à porta.


- Vossa Graça, Monsenhor Dom Sylarnash procura pelo senhor. Posso deixar entrar.

- Por favor, rapaz, deixe Monsenhor entrar. Tenho muito a tratar com meu sobrinho.

O quarto não era grande. Possuía uma escrivaninha, uma cama, um armário para guardar as roupas e três cadeiras, uma delas contendo uma pilha enorme de livros e folhas avulsas. O Conde-Vigário levantou-se e ficou próximo à porta, a espera de seu sobrinho.

Código:
[quote="Monsterguid"][i]Há pelo menos seis dias o clérigo não havia deixado as dependências da Paróquia de Aveiro. Era costumeiro o ver andar pelo mercado ou pelo menos até o lago. Os últimos anos lhe foram os mais difíceis. Em silencio passara um longo período  lendo e comentando as obras de Aristóteles, seja para exposição em suas aulas na Universidade de Coimbra, sela pelo amor à Igreja Aristotélica, a qual destinara seus exemplares para que os membros da Cúria lessem. Não obteve muitas respostas, com excepção da de um notório Cardeal do Sacro Império e duas outras de Abades, um do Ducado de Anjou e outro do Ducado de Sabóia.
O Abade de Anjou reprovou pelo menos dez teses, o de Sabóia, no entanto, enfatizou a excelência destas dez e outras oito. Do Cardeal recebeu incentivo para que a obra continuasse e que, se fosse para maior glória do Altíssimo, em breve os outros Cardeais também se pronunciariam sobre.[/i]

[color=indigo][size=10][b]- O Espírito que iluminou São Titus pode até tirar breves cochilos, mas não dorme por completo.[/b][/size][/color] [i]– Dizia para si mesmo com um largo sorriso.

As escavações e o testamento de Aristóteles eram o elo que faltava entre seus comentários. Certos pontos das obras se tornaram claras, outros obscureceram-se ainda mais, como que numa vontade do próprio livro, ou por maquinação das palavras, de esconder o verdadeiro significado.
Decidiu ir até o campo de escavações, porém dois lhe foram os esforços. O primeiro, o calor. O segundo, a força que lhe faltava.
Dois buracos no chão e sua disposição para procurar algo já havia sumido. Decidiu, no entanto, regressar para casa e estudar melhor o testamento. Escavações e funções que exigiam força, não eram indicados para o velho clérigo de Aveiro.

Já em seu quarto, de banho tomado e batina limpa, o clérigo lia e relia o dito testamento de Aristóteles. Algumas letras usadas não lhe faziam sentido. Quando levou a pena do tinteiro à folha, alguém lhe bateu à porta.[/i]

[color=black][b]- Vossa Graça, Monsenhor Dom Sylarnash procura pelo senhor. Posso deixar entrar.[/b][/color]

[color=indigo][b]- Por favor, rapaz, deixe Monsenhor entrar. Tenho muito a tratar com meu sobrinho.[/b][/color]

[i]O quarto não era grande. Possuía uma escrivaninha, uma cama, um armário para guardar as roupas e três cadeiras, uma delas contendo uma pilha enorme de livros e folhas avulsas. O Conde-Vigário levantou-se e ficou próximo à porta, a espera de seu sobrinho.[/i][/quote]
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MensagemAssunto: Re: [CÓPIA - RP] Ad maiorem Dei gloriam colligimus   [CÓPIA - RP] Ad maiorem Dei gloriam colligimus EmptySáb 10 Ago 2013, 10:05

SYLARNASH




Citação :
Já no interior da esplendorosa Igreja de Aveiro, Sylarnash tomou rumo aos salões paralelos com o altar quando se cruzou, por mero acaso, com um dos acólitos. Este vestia de branco, trazia consigo um pequeno livro que se assemelhava a um missal.

- Monsenhor Sylarnash, sua bênção… - Sylarnash deu por si com o acólito à sua frente a pedir bênção

Depois de levar as mãos sobre a cabeça do jovem acólito, o Cónego-Conde, cuja missão ainda não tinha esquecido com aquele pequeno momento, procurou de imediato avançar nos confins da Igreja em direção ao seu tio e Vigário.

- Venho à procura do meu tio, o mesmo encontra-se por cá? Poderei ser anunciado? - pediu Sylarnash

O Acólito abanou com a cabeça, e Sylarnash seguiu-o pelos estreitos, mas em excelentes condições, corredores laterais da Igreja. Sylarnash conhecia aqueles corredores como a palma das suas mãos. Por fim, o rapaz anunciou Sylarnash e este teve permissão para se dirigir para junto do Conde de Vilar Maior.

À entrada do quarto, do lado de dentro, encontrava-se o velho Vigário. Sylarnash avançou para próximo deste, e efetuou todas as devidas reverências que um Vigário, e seu superior, merecia. No final, de forma um pouco menos formal, mas mais pessoal, o Conde de Óbidos abriu os braços e entregou um sentido e forte abraço ao seu Velho Tio. O grau de cumplicidade entre ambos fora por momentos exposto.
No final, apoderando-se, por instantes das instalações, Sylarnash tomou a liberdade de fechar a porta do quarto, demonstrando algum secretismo com o assunto que trouxera à procura do Conde de Vilar Maior.

- Meu tio, como é bom vê-lo. Lamento vir tão pela manhã, e sem avisar da nossa chegada, mas preciso desesperadamente da sua orientação. - explicou, por fim, o motivo da sua visita, revelando assim alguma preocupação

Código:
[i]Já no interior da esplendorosa Igreja de Aveiro, Sylarnash tomou rumo aos salões paralelos com o altar quando se cruzou, por mero acaso, com um dos acólitos. Este vestia de branco, trazia consigo um pequeno livro que se assemelhava a um missal.

[color=black][b]- Monsenhor Sylarnash, sua bênção…[/b][/color] - Sylarnash deu por si com o acólito à sua frente a pedir bênção

Depois de levar as mãos sobre a cabeça do jovem acólito, o Cónego-Conde, cuja missão ainda não tinha esquecido com aquele pequeno momento, procurou de imediato avançar nos confins da Igreja em direção ao seu tio e Vigário.

[color=#003366][b]- Venho à procura do meu tio, o mesmo encontra-se por cá? Poderei ser anunciado?[/b][/color] - pediu Sylarnash

O Acólito abanou com a cabeça, e Sylarnash seguiu-o pelos estreitos, mas em excelentes condições, corredores laterais da Igreja. Sylarnash conhecia aqueles corredores como a palma das suas mãos. Por fim, o rapaz anunciou Sylarnash e este teve permissão para se dirigir para junto do Conde de Vilar Maior.

À entrada do quarto, do lado de dentro, encontrava-se o velho Vigário. Sylarnash avançou para próximo deste, e efetuou todas as devidas reverências que um Vigário, e seu superior, merecia. No final, de forma um pouco menos formal, mas mais pessoal, o Conde de Óbidos abriu os braços e entregou um sentido e forte abraço ao seu Velho Tio. O grau de cumplicidade entre ambos fora por momentos exposto.
No final, apoderando-se, por instantes das instalações, Sylarnash tomou a liberdade de fechar a porta do quarto, demonstrando algum secretismo com o assunto que trouxera à procura do Conde de Vilar Maior.

[color=#003366][b]- Meu tio, como é bom vê-lo. Lamento vir tão pela manhã, e sem avisar da nossa chegada, mas preciso desesperadamente da sua orientação.[/b][/color] - explicou, por fim, o motivo da sua visita, revelando assim alguma preocupação[/i]
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